Mais conhecido para corrigir questões inestéticas da região genital feminina, os tratamentos atuais já vêm sendo demonstrados em congressos e consultório médicos também para tratar os homens.
A queixa mais comumente relatada é o escurecimento da região, que ocorre com o envelhecimento e/ou por atritos sucessivos, suor, alergias, bronzeamento, dentre outros. Para esta finalidade, os recursos são os peelings, lasers e as terapias regenerativas, e o número de sessões varia de acordo com a complexidade do caso (tempo e profundidade).
Em segundo lugar, a busca pela correção de uma questão funcional, a incontinência urinária (os famosos “escapes” em momentos inoportunos, mesmo em mulheres jovens) abre caminhos para queixas relativas à vida sexual, como baixa lubrificação, dor à relação e flacidez íntima. De acordo com estudos e experiências nos consultórios médicos, todas estas queixas são tratadas com o auxílio de tecnologias não cirúrgicas, sobretudo o laser de CO2 fracionado, mas também o HIFU e até mesmo a radiofrequência íntima, dentre outros, com menos comprovação científica, diz a Dra. Ana Carolina Rocha, médica doutoranda pela UFG e professora de cosmiatria.
Após apresentar 2 trabalhos de técnicas de sua coautoria sobre laser íntimo no congresso mundial de Milão de 2019, a mesma revela a satisfação com a técnica de laserescultura íntima: “Distante do tratamento de laser íntimo (que lança mão do CO2 fracionado) mais comumente conhecido, a laserescultura não trata internamente e não é voltada para questões funcionais, mas puramente estéticas. A modalidade de tratamento corrige assimetrias, flacidez intensa, hipertrofias (tanto vulvar quanto do aparato clitoriano) e hiperpigmentação.
Na maioria das pacientes tratadas, e dentre elas se incluem pacientes que passaram por mudança de sexo que apresentam um quadro de vulva extremamente flácida, se beneficiam muito com apenas uma sessão. Em menos de 10% dos casos é necessária uma segunda sessão para tratar de forma expressiva a flacidez acentuada, com retração de pele significativa”.
Os tratamentos seguem evoluindo, e cremes tópicos que atuem como despigmentantes, esfoliantes e regeneradores são excelentes coadjuvantes.
Mas é preciso levar em conta que questões como flacidez fazem parte do envelhecimento e podem retornar, sobretudo quando há forte predisposição genética e atritos locais frequentes. Nestes casos, revisões futuras com vistas a manutenção podem ser propostas.
Dra Ana Carolina Rocha
CRM-DF 52482
Médica, mestre, doutoranda (UFG) em preenchimentos